A edição especial do jornal “Il Resto del Carlino” analisa as primeiras 500 empresas da Romagna (Forlì-Cesena, Ravenna, Rimini) seleccionadas segundo o valor faturado em 2018. Após a entrevista do Administrador Delegado Andrea Aureli com o título “Scm Group, boom de faturado e contratações. O segredo? Inovação contínua”.
Um valor faturado de mais de 700 milhões di euros, dos quais 7% anuais investidos em investigação e desenvolvimento: a multinacional romagnola Scm Group produz máquinas e instalações para o processamento de uma ampla gama de materiais como a madeira, o plástico, a pedra, o metal e materiais compósitos, e componentes industriais. O grupo dispõe de três polos produtivos principais na Itália, tem 4 mil empregados e uma presença mundial directa e capilar. Nos últimos dois anos aumentou o valor faturado total de 200 milhões e o quadro orgânico de cerca de 900 pessoas, além de concluir duas aquisições estratégicas nos Estados Unidos da América e na Alemanha.
Andrea Aureli, administrador delegado do Grupo SCM, a empresa tem uma bagagem de quase 70 anos de história: quais são os próximos desafios?
“Temos as ideias claras sobre o nosso principal objectivo e já demonstramos isso ao longo de todos estes anos de história: criar valores. Para nós quer dizer principalmente dispor do rendimento do capital exacto, mas sob um óptica de longo prazo, reinvestindo uma grande parte. Três prioridades nos guiam: pessoas, inovação e sustentabilidade. Temos um grande campus interno para a formação teórica e prática, com cursos de gerenciamento e técnicos dedicados ao aumento das competências tanto dos nossos empregados quanto dos nossos operadores do sector. Colaboramos com as melhores universidades do mundo, mas sobretudo do território regional, assim como com os tecnopólos e centros de investigação. Pertencer a um grupo como o nosso quer dizer trabalhar e se relacionar com colegas do mundo todo, com as melhores práticas, procedimentos e padrões”.
Quanto vale a inovação para um grupo global como o vosso?
“É uma exigência contínua e profunda ao trabalhar em sectores altamente competitivos e em evolução permanente. Temos uma função ‘Innovation’ interna, mas è igualmente importante a relação com centros de investigação, universidades, tecnopólos e start-ups. No âmbito de tais realidades colaboramos também em vários projectos europeus, um destes está relacionado com uma nova interface homem-máquina combinada com as nossas tecnologias, que ganhou o prestigioso Prémio internacional RedDot Award. Estamos sempre presentes em tantos contextos competitivos, incluindo um programa de prémios para inovações só nosso, de modo a nos lembrar de nos mantermos alertas todos os dias com o estímulo de melhorar não só os produtos, mas os grandes e pequenos processos da nossa vida de trabalho, contaminando quem sabe também a nossa vida privada”.
Como se manifesta a relação com o território emiliano-romagnolo?
“Hoje è muito mais fácil e fluido o acesso a todas as colaborações e intuições provindas do variado mundo da pesquisa industrial: è fundamental que qualquer um que tenha um espírito inovador possa continuar a se encontrar em vários contextos. Estamos abertos para quem quiser se unir a nós e para quem deseja apoio a fim de levar adiante actividades que tenham um impacto importante inclusive para o nosso grupo. Temos porém que ser equilibrados e dedicar a atenção correcta a todos os territórios que nos acolhem, a competição hoje è estimulante: de Zogno e Bergamo, muito atentos para o mundo da empresa, em Thiene e Vicenza, que nos pedem para investir, assim como as empresas que temos na Alemanha, Estados Unidos e Brasil: todas merecem uma consideração justa em termos de investimentos”.
Vocês estão activos em diversos sectores, desde a construção até os automotivos: em qual se prevê o maior desenvolvimento?
“A diversificação è uma grande oportunidade para criarmos verdadeiras inovações, transferindo ideias e soluções tecnológicas de um sector para outro, de modo cada vez mais dinâmico. Mas também como um valor para a estabilidade do andamento do grupo, que pode planificar melhor os investimentos compensando os sectores mais estáticos com aqueles de maior crescimento”.
Itália ou no Exterior: onde há uma margem de crescimento maior?
“A exportação representa 90% do valor faturado. A nossa estratégia prevê, ao lado de uma atenção decidida e contínua para o mercado nacional, uma presença difusa na medida certa em todos os mercados que contribuem tanto para estimular o desenvolvimento do produto, cada um com as próprias exigências, quanto para estabilizar o andamento do grupo graças às próprias variadas dinâmicas. Para além de investir no crescimento orgânico, estamos sempre atentos a eventuais aquisições monitorando cuidadosamente os nossos sectores. Estamos trabalhando para a integração de duas empresas recentemente adquiridas no exterior: a DMS nos Estados Unidos da América e a HG Grimme na Alemanha, especializadas em soluções que completam ulteriormente a nossa gama”.
No âmbito do grupo surgiu um percurso de responsabilidade social da empresa. Do ambiente ao bem-estar: quais são as iniciativas?
“Temos dado voz aos nossos colaboradores, verdadeiro motor do sucesso mundial do grupo, e temos estimulado percursos espontâneos de melhoramento da vida na empresa. Surgiram projectos inovadores de caráter social, ambiental e de apoio ao território: um plano geral de redução dos desperdícios e dejectos a favor de estilos de vida mais conscientes, uma gradual eliminação do plástico e do papel descartável nos refeitórios e áreas de pausa/repouso, garrafas de vidro para todos os empregados, produtos biológicos e do movimento quilometro 0 de produtores locais com alto impacto social, além de doações à Caritas de refeições não servidas no refeitório. São iniciativas que requerem tanto esforço por parte de todos, mas estamos certos de que nos ajudarão a enfrentar com mais consciência os desafios que nos esperam”.